The Last of Us: Quem são os Serafitas?

Silenciosos, devotos e brutais: os Serafitas são uma facção religiosa misteriosa em The Last of Us Part II que desafia as fronteiras entre fé e fanatismo em um mundo em ruínas. Descubra quem são eles e por que sua presença é tão marcante na narrativa.
Pintura religiosa dos Serafitas retratando uma mulher com semblante sereno e auréola, em um altar com pães e frutas, no universo da série The Last of Us.

Neste domingo, 27 de abril, uma nova onda de debates surgiu após a exibição de um episódio impactante de The Last of Us Part II. O foco dessa discussão é a intrigante facção dos Serafitas, ou “Cicatrizes”, que habitam as áreas devastadas de Seattle. Representando uma vida dominada por convicções religiosas extremas em um mundo apocalíptico, os Serafitas contrastam com os grupos mais militarizados que encontramos em histórias semelhantes. Sua cultura, baseada em ensinamentos quase proféticos, levanta questões sobre sobrevivência, fé e identidade.

Inspirada pela figura enigmática da Profetisa, sua fundadora, essa comunidade procura um retorno às raízes da humanidade, rejeitando a tecnologia moderna e adotando um estilo de vida quase tribal. A devoção dos Serafitas é intensa, com membros exibindo cicatrizes autoimpostas como símbolo de renascimento espiritual. Este culto ascético adiciona uma dinâmica fascinante ao jogo e estimula debates sobre liberdade, dogmatismo e religião em face da catástrofe. Mas como essa ideologia afeta suas relações e modos de luta em um cenário tão caótico?

O Impacto Emocional dos Serafitas na Narrativa

Dentro da trama de The Last of Us Part II, os Serafitas desempenham um papel crucial, oferecendo um vislumbre do quanto a devoção religiosa pode moldar personalidades. Dados dentro do jogo revelam que os Serafitas controlam uma vasta área de Seattle, e seu número crescente é uma ameaça constante para Ellie e outros personagens. A intensidade de suas crenças é sentida em cada encontro, onde o silêncio de seus assobios antecipa uma ameaça iminente.

Em comparação com a WLF, que é organizada e militar, os Serafitas operam sob um código de conduta que exige total devoção, levando a atos de sacrifício extremo. Essa lealdade intransigente gera uma tensão emocional contínua no jogador, destacando a luta interna entre a reverência cultural e o instinto de sobrevivência. A narrativa faz com que os jogadores questionem até onde a crença pode levar uma comunidade e quais os limites da fé em tempos adversos.

Conexão Cultural e Inspirações

Os Serafitas em The Last of Us Part II lembram, de certa forma, comunidades reais como os Amish, que optaram por viver à margem da sociedade moderna. A estética e práticas dos Serafitas, com o uso de arcos e flechas, são uma rejeição clara da tecnologia, retratada como uma das causas do colapso social. Esse retorno às práticas primitivas se assemelha a temas explorados em histórias de sociedades alternativas em ruína.

Reflexões sobre comunidades isoladas trazem à tona a ideia de que, em tempos de crise, o apego à tradição pode oferecer uma falsa sensação de segurança. O jogo usa essa dinâmica para criar um choque cultural e emocional ao conectar jogadores a questões do mundo real sobre religião e moralidade. Como a fé pode unir ou dividir pessoas em tempos de desespero? Esta é uma questão que reverbera ao longo da experiência de jogo, levando à introspecção sobre as escolhas que moldam indivíduos e comunidades.

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